quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Todos somos complexos e complicado por Augusto cury

Na minha tragetoria como cientista da psicologia e psiquiatra clinico, eu me convenci de que nada é tão logico quanto o ser humano e nada tão contraditório quanto a ele. Podemos criar no teatro das nossas mentes os extremos: o drama e a sátira, o pânico e o sorriso, a força e a fragilidade.
Somos tão criativos que, quando não temos problemas, nós os inventamos. alguns são especialistas em sofrer por coisas que eles mesmos criaram. Outros têm motivos para serem alegres, mas mendigam o prazer. Possuem grandes depósitos nos bancos, mas estão endividados no âmago do seu ser. São ansiosos e estressados.
Gandhi comentou com sensibilidade: "O que pensais, passais a ser". O que pensamos afeta a emoção, infecta a memória e gera as misérias psíquicas. Nunca houve tantos miseráveis em carros importados, trabalhando em grandes escritórios, viajando de avião, saindo nas capas de revistas. Quem é escravo dos seus pensamentos não é livre para sonhar.
Ser complicado não é previlégio de uma pessoa, de um povo, de um grupo social, de um faixa etária. Adultos e crianças, psiquiatras e pacientes, intelectuais e alunos são complicados, tem momentos em que se irritam por pequenas coisas, sofrem desnecessariamente. Uns mais, outros menos.
É impossivel estar livre de contradições e incoerências. Por quê? Porque temos uma complexa emoção que influencia a lógica dos pensamentos, as reações e atitudes humanas.
qualquer pessoa que quer ser perfeita demais estará apta para ser um computador, mas não uma pessoa completa. Não devemos ficar aborrecidos por sermos tão complicados. Se, por um lado, nossas dores de cabeça surgem no campo que extrapola a lógica, as maravilhas da nossa inteligência também surgem nessa esfera.
Nossa capacidade de amar, tolerar, brincar, criar, intuir, sonhar é uma das maravilhas que surgem numa esfera que ultrapassa os limites da razão. Todas as pessoas muito racionais amam menos e sonham pouco.Os sensíveis sofrem mais, mas amam mais e sonham mais.

Um comentário: